
Partia Junho e entrava Julho, deixando todos aqueles dias bonitos descoloridos. Ele entrava abrindo todas as portas, escancarando todas as janelas. Trazendo a liberdade e o descanso contigo ele cantava uma cantiga de ninar, tentava encontrar uma luz no fim do túnel cantando. Como um bebê a dormir, trazia a paz pro interior. Cantarolava uma musica qualquer, desde que seja feita pra dormir. O outono vinha e consigo trazia todos aqueles agasalho com a intenção de esquentá-los, trazia chá e café quente antes de dormir e quem sabe até uma lareira para poder esquentar mais ainda nos dias de frio. Julho parecia inofensivo, parecia uma boa época para poder se apaixonar. Em frente da lareira transar, sentir o prazer nos pêlos do corpo por uma penetração maravilhosa que pedirá tanto, era uma ótima estação para sentir o amor correr nas tuas veias quando beijam teus seios como nunca beijaram, parecia uma boa estação para fazer uma nova posição. Julio pensava sempre nisso. Desejava que Marcelo fizesse de teu Julho uma estação poderosa e cheia de amor, queria que ele o ensinasse o prazer, queria ser dominado pelos teus braços fortes e malhados. Como uma serpente que rasteja serena na luz da lua, julho cantava pra te enganar. Pensava que nessas épocas do ano era onde tudo realmente acontecia. Sentava sozinho em frente a sua lareira e cantava pra ele mesmo até dormir. Desejando ouvir ao pé do ouvido a voz calorosa de Marcelo. Tinha inventado em sua cabeça vários amores, várias sensações para não se sentir sozinho. Descobrirá que cantava para perder o medo de sentir o desejo. Marcelo - esse nome ficou na sua cabeça. Em todos os arredores via esse nome desenhado. E logo assimilava ele ao desejo, ao desejo de possuir a pessoa que se chamará Marcelo. Marcelo - esse nome ainda esta na cabeça. Marcelo serpente. Marcelo, a serpente do desejo das noites de Julho.
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