sábado, 14 de agosto de 2010

Cansado.


Estava com uma vontade de vencer algo que nem conhecia, mas não conhecendo o que queria derrotar ele não poderia ganhar. Procurava os meios mais fáceis de se encontrar mesmo estando perdido, tinha preguiça da sua monotonia diária. Escrevia para alguém que nem conhecia, escrevia para as estrelas porque não conseguia suportar ele mesmo. Estava cansado daquele corpo suado, estava cansado de si. Ficava trancado em um pequeno apartamento, apertado e sem nada ao redor. Ficava quieto e reclamando de si mesmo. Queria fazer algo para poder finalmente conhecer suas próprias asas, ficava ali, imóvel, intacto e cansado. Caminhava, caminhava e parava. Estava até cansado para prosseguir. Não derrotava a si mesmo por isso resolveu fugir, e assim foi. Trágico, trágico. Covardes fogem, fortes lutam. Trágico, trágico. Covardes desistem, fortes continuam. Eles esperam na sala de um hospital vazia, fortes esperam mesmo ao saber a notícia de que “você não tem mais jeito”. Somo fortes, somos fracos.

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