Em uma noite qualquer, ela levantou de sua cama e foi ao banheiro, ligou o chuveiro e esperou a banheira encher. Tirou a roupa e entrou na esperança de conseguir purificar sua alma. Suas lágrimas virou a água da banheira, que se misturou com uma doce espuma. Ficou pensando se tudo que viveu até ali, tinha realmente valido a pena. Se achava inútil por ter quase seus quase 40 anos e não ter nada na vida, nem uma família de comercial de margarida e nem um amor que se conta em novelas mexicanas. E consigo mesma, pensou: "Será que eu sou apenas uma formiga? Que ninguém vê, mas que tem sempre um destino..?" E pra si mesma respondeu: "É talvez o meu seja esse, perder sempre. Ou então, eu só seja um beija-flor, que suga todas as flores que vê.. Mas eu e ele temos uma diferença: Ele é um bem da natureza, é uma lindeza. E eu, sou o que? Talvez eu seja, seja muito mais.. Ou eu apenas não seja". Saiu do banheiro e viu que a sua tentativa de se purificar foi em vão. Se trocou e foi dormir. Mas o seu desejo era nunca acordar...
"Alguém me joga um balde de água? Estou precisando lavar a minha alma..."
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